DEUS É FIEL
Estávamos em outubro do ano de 1983, quando me decidi para Jesus e O aceitei como meu Senhor e Salvador. Todavia, a semente foi lançada na minha infância, pois acompanhei o meu tio/padrinho à escola bíblica dominical, na congregação de Barcarena (Oeiras), assim como assisti a alguns cultos, levado pela minha mãe.
Até aos 28 anos de idade tudo foi feito e realizado longe do Caminho, mas recordo que a Palavra de Deus estava mais ou menos presente, pelo menos no meu subconsciente e, a minha mãe sempre que oportuno falava-me de Jesus e do gosto que seria para ela que eu me decidisse, à semelhança dos meus irmãos e de outros membros da família mais chegada. Ao longo dos anos a mãe Ester nunca desistiu, nem ela nem o exército que a acompanhava, quer nas reuniões familiares, quer na congregação de Benfica, orando por mim e pelo meu lar. Hoje, estou grato a Deus, pelos soldados que ombrearam com ela, que perseveraram e nunca desistiram de mim. Agradeço ainda pela oportunidade que o Pai me concedeu de poder agradecer a todos eles, alguns dos quais já estão no descanso eterno.
A Ana chegou mais cedo, em 1978, após um convite para ir a um passeio da Escola Dominical, acompanhando o filho, o Miguel, que, em conjunto com a avó e os tios já frequentava a igreja e a respetiva Escola Bíblica Dominical. Desde então começou a ir à igreja e, em fevereiro de 1979, aceitou Jesus no seu coração. Foi batizada em junho desse ano, onde o Senhor a curou de um caroço no peito. Na conferência Eurofire, em lisboa, foi curada de uma sinusite crónica seca. Até hoje Deus tem sido a sua/nossa força em todos os momentos. Apesar das muitas dificuldades, as bênçãos têm sido maiores. Serve ao Senhor há 40 anos e espera continuar fiel até ao fim dos seus dias.
A Ana começou a participar em várias atividades, não só ligadas à escola dominical, fazendo cartazes, construindo materiais pedagógicos, mas também participando em campanhas de evangelização. O Miguel agrupou-se aos adolescentes de então e foi criando raízes e amizades que duram até aos dias de hoje.
Entretanto, os meus planos eram outros. Parecia estar livre para realizar os meus pensamentos/desejos, que, todavia, pretendiam contribuir para melhorar o meu lar (pensava eu). Afinal, eram trilhos de perdição e de morte eterna. Estou grato a Deus por ter honrado a persistência dos seus filhos e de me ter guiado para o caminho da Verdade.
A Ana e o Miguel estavam felizes e integrados. Chegaram primeiro e eu fui chegando e fui ficando. A minha família mais próxima estava na igreja, conhecia muitos outros membros, pelo que a integração foi fácil. Para tal muito contribuíram os irmãos que já conhecia, mas também meia dúzia de famílias que nos acolheram como membros, das quais destaco a família Reis, a família Rosa, a família Carvalho, a família Serra, a família Robalo, a família Mendes, entre outras. O tempo passado com elas e com os jovens nas suas atividades desportivas foram relevantes para a minha continuação na congregação local.
Com o passar do tempo fui motivado a envolver-me em algumas atividades e tive experiências enriquecedoras que confirmaram a minha decisão e formaram os alicerces na minha caminhada com Cristo. Participei em conferências, em campanhas de evangelismo, na distribuição de literatura, em cultos de rua, retiros e outras ações, onde vi Deus curar, expulsar demónios, salvar almas, sarar feridas emocionais, etc.. O meu lar foi também alvo da misericórdia de Deus. Em maio de 1985 desci às águas e fui batizado com o batismo do Espírito Santo.
A Deus toda a Glória.
Ao longo destes trinta e cinco anos houve momentos quentes, momentos mornos, mas a misericórdia do Pai nunca me permitiu que me desviasse dos seus caminhos, apesar de ter tentado. Agradeço a Deus as contínuas orações dos meus irmãos que me têm sustido. Continuamos a ser barro nas mãos do oleiro e ainda precisamos de limar arestas…
Deus é fiel. Ele que começou a obra é fiel para a terminar.
João e Ana Reis